Matisse
Desfiz-me das relíquias
de ansiosas vésperas
que antecedem as festas
Arranquei a colcha
de cambraia cheirosa
Cingi as brancas rendas delicadas
Rasguei bordados
Quebrei o cântaro
que regava os sonhos
e apaguei as velas
Desfiz a mesa e azedei o vinho
Avulsa e livre
da expectativa
Já era noite quando compreendi
que nunca mais
vou te ver.
.
28 comentários:
E os adjetivos foram-se e o vintage fez-se vinagre e a intuição foi o eufemismo da liberdade que fez-se poesia. Beijos, Rossana.
Que lindo comentário, Mai.
Adorei ver sua carinha na foto.
Não combina com panelinhas na cabeça.
Linda, como tudo o que escreve!
bjs
Interessante... hoje eu passei o dia refletindo sobre decisões difíceis, sobre fins e recomeços e toda a carga de responsabilidade que um sim ou um não podem trazer, e pra fechar o dia com chave de ouro, vou pra cama com seus versos ecoando em minha mente...
Acho que é bom começar mesmo me desfazendo das relíquias.
Delicioso, viu? Como sempre.
Bj-borra-batom!
Desfazer....refazer, é difícil, mas necessário!
O tempo se encarrega de apagar da memória as coisas ruins e a liberdade que se alcança é puro êxtase.
Estou nessa, amiga e ansiosa para que o desfecho se complete.
Como sempre linda a construção e o lirismo que dá aos poemas.
Beijos
Mirse
Triste quando tantos preparativos que eram para dois, sobram só para um se desfazer deles.
Linda escrita!
Beijos.
Q profundo Rô!!!
Arrasou...+ doeuu!!!
aparece lá... tem textinho novo.
é o momento que tô vivendo.
vai la e deixa sua marca. bju
Eraldo, é bom ter um relicário de coisas valiosas e boas. As ruins, joga fora.
Bom te ver aqui.
bjcas (de batom)
Mirse,
Sei bem do que está falando, querida.
Bjs carinhosos
Larinha,
Tua compreensão é tão grande para uma menina tão novinha, que só posso achar que você é um espírito muito antigo e sábio.
Linda!
bjs
Vou sim, Fran.
E obrigada por deixar suas pegadas por aqui.
bjs
Rossana querida!
Nós sempre esperamos até a noite para nos convensermos que não o veremos mais... triste desfazer a mesa... muito ja fiz isso, tenho cansado ultimamente, mas sempre acabo arrumando a toalha e colocando os pratos, os copos, os talheres outra vez!!!!!
Muita linda a tua poesia, me vi em cada palavra tua!
Bjão, amiga!
Wania, não é interessante como a alma humana se identifica nas dores, nas alegrias, nos prazeres e nas frustrações?
Penso que essa é a grande missão da poesia. Promover essa cumplicidade.
Por isso é que nos seguimos com tanto carinho.
Um beijão e ótima semana.
↓
IntuIR!
Agora já não é... foi-se!
Beijos Rossana!
Caramba Rossana, que lindo!!! Tocante. Bjs querida
Belo e triste, mas maduro. Gostei muito. beijo.
Ôooo TonhO...
Que só fique o que é bom de ficar.
E bom mesmo, é você por aqui, querido.
bjs
Oi Lai...
Eu acho lindo se você gostou.
Que bom que veio.
bjcas
Maturidade nem sempre é escolha, Adriana. Mas é bom quando tudo se acalma...
Gosto muito quando vem e comenta.
Bjs
Livre da expectativa é ótimo ...
E a palavra "Esperança"... o que significa?
Desfazemos a mesa, tiramos a toalha, os pratos, tiramos tudo... mas digam-nos, por favor, quando devemos deitar fora a esperança?
Tudo de bom para ti,
Rolando
E não é, Flavito?
Sumido.
Bjs
Somente livre da 'expectativa', jamais da 'esperança', Rolando
Ela está em mim e em tudo o que faço.
Por falar nisso, ESPERO que volte sempre!
Bj
Obrigada, querida. Tomara que eu seja mesmo, e que eu possa adquirir sabedoria para evoluir mais, assim, precisarei voltar menos, né?
Vc é um anjo, beijos!
Depois da trip, arrumar a casa para o novo amor.
Lara, auanto menos precisar pisar por aqui, melhor.
bjs
Antes preciso tomar uma dose no seu bar, Henrique.
bjs
Desfazer-se pra refazer-se...
é a vida.
Muito bonito!
Bjs.
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