domingo, 7 de maio de 2017

Amor


Insanidade plena
de esplendida
consciência
e desatino
É o feitio desse
amor notável
que ainda
experimenta-se
por partes
enquanto aguarda
o consentimento
de devorar-se
carregando o alivio
do antropofágico
Amor sublime e atento
antes
Ele virá
irrompendo bocas
rasgando rodovias
trazendo consigo
os ancestrais
e alimentando-se
do seu próprio existir
Amor que enxerga
fótons e átomos
cosmo e cromossomos
Carregado
de pertencimento
absoluto
Amor em ponto de desastre
que fará sucumbir
todos os carmas
e permanecerá por
todas as encarnações.

2 comentários:

Nadine Granad disse...

Lindo!

O amor nos devora e o devoramos!... Uma constante, inconstante... e tantas vezes nos soa incoerente!...

Beijos! =)

Toninho disse...

Um lindo e intenso amor, que vem como ondas gigantes de um vento furioso, que roda e leva tudo de nós e nos abraça o coração.
Bom lhe ver de volta amiga e que sua poesia esteja viva.
Bjs.