Urge fazer
poema
Qualquer poema
ainda
que seja este
esmigalhado
Arrancado das vísceras
Estropiado
Intra-uterino
Intestino
Sem lirismo
e sem doçura
Insensato
Semiacerbo
Intragável
poema
Extraído a força
por garras
que arranham
na mais profunda
das entranhas
Trazido esfarelado
redutível
Incomodado
Que se reinventa
ao nascer sem
rosto
Na sobrevida
de um parto
sem clemência.
22 comentários:
É, desconfiemos, no entanto, daqueles outros, os que vêm muito facilmente, não?
"Que se reinventa ao nascer sem rosto" me parece expressivo do trabalho que se faz em cima de qualquer poema, mesmo dos que aparentemente já nascem completos, porque nem a inspiração lhes dá um fisionomia definitiva.
Beijo.
EBA!
Nasceu! Um poema é um poema. De parto natural, na água, ou à forceps, é seu. E este de um modo especial está lindooooooooooo!]
Beijos e saudades
Mirze
É a urgência do poeta...
São essas poemas - das entranhas - que viceram poesia.
↓
Forç.ando → E p N o T e R m E a s!
:o)
Eu que o diga... Adoro sua força, Ross!
Beijo.
Que doçura isso (foto marcante)
Ah que bom te ter por perto.
Beijos e ate a volta
Olá!
Passando para conhecer seu blog- um prazer estar aqui!
Gostei demais e já sigo você!
Quero convida-la a conhecer meu blog.
Beijo
ô, flor. Urge dizer que morro de saudades. Infelizmente estive meio incomunicável por questões maiores nos últimos dias.
Mas saiba que morro de saudades de batom.
Bjs lá (no batom)!
Marco
..."mesmo dos que aparentemente já nascem completos, nem a inspiração lhes dá um fisionomia definitiva"...
Toda a razão do mundo, meu amigo.
bjs
Mirze, minha linda.
Mais um filho para cuidar... rss
bjs
É mesmo a urgência do poeta, Wesley.
Grata por vir.
bj
Tonh0,
ai...
:D
bjcas
Larinha, que força nada...
Puro instinto de sobrevivência.
hehehe
bjs
A recíproca é verdadeira Nielson.
Até.
bj
Eraldo,
Que bom que voltou! Fez muita falta.
Espero que tudo esteja bem.
bjs de batom.
Vinicius, pulei você.
Grata pela visita.
bj
Foram as mãos e os dedos que lhe deram forma, o que o poema distinguiu em primeiro lugar naquele campo de neve que lhe pareceu a folha de papel à luz do dia. Entre a dor do seu parto e a alegria do seu nascimento, o poeta sente a fugaz felicidade com que vai sobrevivendo.
Grito de sangue em pano branco: as tuas palavras nascem do silêncio e trazem-te à vida, carregadas que vêm de significado.
Lindo poema, pleno de força.
Beijo.
"Entre a dor do seu parto e a alegria do seu nascimento, o poeta sente a fugaz felicidade com que vai sobrevivendo."
Maravilhosa compreensão, meu querido Mário.
Quantas saudades tuas.
bjs
Desculpe adentrar assim, mas adorei a força do que escreve e tomei a liberdade de seguir.
Deixo um beijinho
Sonhadora
Bom dia!
Conheci seu blog depois de visitar o miltextos do Jorge Stark e gostei muito!seus poemas são ótimos, parabéns!
Sonhadora,
é uma alegria.
Seja muito bem vinda!
Bj
Oi Anne
Não podia ter referência melhor.
O Jorge é muito especial.
Volte sempre.
bjs
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