quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Vazios

Oswaldo Guayasamín



É em vão
que no vão
de tudo
eu ainda vague
vazia
Porque vazo
pelos poros
tudo que trago
Despejo-me
e nado
no meu raso
Só o medo
sobeja.

9 comentários:

Bípede Falante disse...

o medo é como uma pele, descasca, mas retorna...

às vezes em vão e por esse vão que você revela.

beijoss

Tania regina Contreiras disse...


Mais uma vez encontro-me com o medo como tema. Há poucos dias comentei sobre ele noutro post. O medo é a marca dos pássaros esquecidos das asas. Mas a poesia é o vestígio do voo. Ainda que ele (o medo) venha em demasia.

Beijos e gosto muito de te ler. Tenho procurado dizer isso aos que me alcançam verdadeiramente a alma.

Catia Bosso disse...

Nadar no raso já é um bom começo...

Lindo poema...

bjsMeus
Catita

Wilson Torres Nanini disse...

parace uma pássara em febr perscrutando abertas janelas.

Abraços!

http://wilsonnanini.blogspot.com.br/

Lourdinha Vilela disse...

Tenho medo de me sentir só, quando só não estou.
O medo e suas paredes negras, prisões
internas, mesmo que as chaves estejam em nossas próprias mãos.
bjs.

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Como sempre muito belo ler-te e como sempre as entrelinhas gritam.

Um beijinho com carinho
Sonhadora

Andrea de Godoy Neto disse...

ah, Rossana, a tusa voz me diz tão bem...

este vaguear vão entre os vãos parece sina da alma.

beijos

Anônimo disse...

Nossa! Uma sensibilidade ímpar. Encontrei o blog por acaso e gostei muito do que li. Parabéns.

Mariana Delavia disse...

Sei bem como é esse sentimento! Adorei a poesia.
Seguindo e acompanhando seu blog. Siga e acompanhe o meu tqmbém: http://marianadelavia.blogspot.com.br/

Beijos, Mariana