quarta-feira, 9 de agosto de 2017

a poesia

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A poesia está
na insônia
no assistir
ao nascer o dia
nas dores da lombar
e das melancolias
É encontrada
igualmente
na alegria
e na falta dela
Nas rimas
e na ausência delas
Nas fendas
frestas
e sendas
estreitas e fundas
Na culpa profunda
e na perversidade
No prazer
desesperado
e nas rendas
No engano
na bondade
Há muita poesia
na saudade
Existe no pântano
de dentro
nos cílios postiços
na cara de fora
No âmago
e no sândalo
Embaixo da pedra
em cima da cama
debaixo de um homem
em cima do palco
sob da luz
do lado da sombra
do lado do sol
num beijo aflito
Na grande escuridão
na fraca iluminação
das noites
e do coração.

Um comentário:

Toninho disse...

Um lindo despertar da poesia, que atravessa noites a fio e frio e se aquece com os primeiros raios solares sob perfume das flores de nosso jardim interno.
Bem assim, lindo poetisa.