Não vou tecer um público poema
E impudica expor a minha vida
Quero fazer segredos do meu tema
E não deixar minha alma confrangida
Não têm que saber que sou aquela
Basta que sintam minha eufemia
Pois os olhos que me olham da janela
Detectam a minha nostalgia
Se me escancaro sei que rarefaço
Não quero um manifesto da poesia
Só roubo do Lácio a última flor
Não para expor meus versos escassos
Segredos da alma e sua atonia
Mas só tornar pública a minha dor.
23 comentários:
Perfeito, Rossana. O que for exposto, está valendo, vindo de um soneto tão bonito assim. Beijos.
Já nasceu clássico. Um flerte greco-romano. Muito bom!
Felicidades, Rossana!
↓
Dor dorida
que vai doendo,
vai roendo,
sem ferida
meu só riso...
Beij♥← nele!
Peter,
Thank you for the beautiful sonnet.
I do not speak English very well but I appreciate the visit and I loved his poems in Spanish and Portuguese
Welcome.
Kisses
Larinha,
Você mesmo especial...
Você sempre entende o recado.
Beijos linda.
Henrique,
Já me disseram que eu sou quase clássica em quase tudo...(risos)
Que bom que achou bom.
Você é o mestre.
TonhO,
Seu só riso ou seu sorriso é sempre bálsamo para qualquer dor.
Brigadinho por vir
Bjca
"Um singelo arcanjo exausto e abatido" já nos tinha denunciado esta relação preferencial entre a Rossana e os deuses. Cultora como poucos da língua de Camões, do seu classicismo bebedora, na Lacedemónia ou em Roma, as portas estariam sempre abertas e qualquer muro de pedras atravessaria, se necessário fosse, mesmo que por um simples buraco, tão belas são as palavras que transporta, mesmo que de suas dores reveladoras. Só os vero poetas, clássicos ou não, são assim recebidos por eles, os deuses.
Lindíssimo o teu soneto, felizarda poetisa!
Beijo, formalmente clássico.
Sonetos são para poetas inatos. Eu, passo ao largo. Apenas me estanco para os contemplar. O seu é ótimo! E vc se mostra sim!!!
Mário
Meu muito querido "leitor" de além mar...
Já te disse que nos teus comentários descubro mais sobre mim do que em meus próprios poemas?
Gosto tanto...
Bjs
Wilson
Não sou sonetista, não.
Vez ou outra me aventuro a contar versos e misturá-los à poesia.
Gosto muito, mas prefiro escrever versos livres...
Me mostro, né?
Tentei disfarçar... rss
Bjs
Coisas de acender e iluminar o que vale mesmo a pena.
Soneto de lembrar o valor.
Beijos, querida, bom feriado.
Mai
soneto desabotoado...rss
Mai...
Mais...
bjs
Bem, eu é que não sei de sonetos. Às vezes penso que não escrevo, apenas desenho lascas. Talvez um dia, um dia, um dia... rsrs
rossana,
muito bom o poema, é mesmo um clássico! e que nos exponha mais, assim quase-sem querer se expor. ah, e a imagem é linda também :)
e, pode colocar o quiser aí no canto esquerdo. eu vou às margens esquerdas mesmo.. rsrsrs...
um beijo :)
Perfeito como teu soneto se casou com a imagem... Mais gostosa ainda a homenagem a ídolos imortais de uma Música ímpar, sem iguais! Beijo agora e parabéns pelo talento de sempre!
Sua poesia tem ritmo.
Delícia vir aqui.
Parabéns !
Beijos
Wilson,
Você escreve e bem, mas com a poesia é mesmo assim.
A gente vai desenhando lascas e ela surge.
bjs
Nina
Agradeço o carinho.
Um clássico beijo na pontinha do seu nariz!
Grata Dilberto.
Eu tirei essa foto porque gostei do cano escuro e misterioso entre as pedras.
Que bom que gostou.
bjs
Celamar
Delícia são suas histórias.
Grata por vir.
bjs
Poemas já nascem prontinhos no coração, Marcos.
A gente só ajusta um pouco as palavrinhas...
bjs
Não há ressalva,que nos salve de expor nas poesias,o que mais nos define e embala os versos.
Bela garimpagem aqui minha amiga.
Voce brilhou neste belo soneto.
Meus parabens e que Deus nos ilumine sempre.
Carinhoso abraço de paz e luz.
Bjo.
Tudo de bom a voce neste belo fim de semana.
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