sábado, 11 de abril de 2009

POEMAR

escultura de "legos" - Nathan Sawaya
Fazer poemas como quem faz contas
Um jogo de monta e desmonta
É fantasia Brinquedo...
Não é poesia!
Fazer poemas sem se rasgar
Não dá!
 O poema de verdade
tem que doer pra nascer
Tem que romper a carne
Vencer a morte
Tem que trazer o dia
Rasgar o ventre
Chegar bêbado
Embevecido!
Irromper tonto!
 Gramática?
Lapida-se!
Mas o poema em essência
 há que nascer pronto
do ventre do poeta.
Que tem que parir poesia...
O resto é semântica...

5 comentários:

Whesley Fagliari disse...

Oi, Como vai?

Passei aqui para apreciar suas linhas tão bem traçadas... Lindo e verdadeiro o poema que acabei de ler... Parabéns pelo retrato... Sim! Este poema é um retrato (ou auto-retrato?)...

Afetos meus,
Whesley Fagliari - Amigo da Sofia

gloria disse...

fazer poesia exige porosidades, abertura para que a linguagem possa dar passagem. é um modo de parir a palavra, de dar curso a sentimentos intensos. Vocë já sabe como teus escritos me mobilizam, me confirmam o sentido dessa rede de blogueiros que publiciza seus escritos e os comenta. Muito belo! bjs

j. monge disse...

"Poemar", que lindo verbo que eu desconhecia.
Adoro a tua conjugação!

TECHWARE BRASIL disse...

Querida Rossana,

Sua poesia, define a poesia, sendo a própria poesia. Poesia como tudo que li por aqui, espalhadas... como fragmentos de você em versos.

Abraços.

Roberto Ramos

Prince Cristal disse...

Lindas poesias obrigado pela visita. Vou te acompanhar...