Nossa! Forte e até irônico. Mas o que mais gostei foi o pensar: Onde está a poesia? Ou melhor: De onde vem a poesia? Belas palavras não fazem um poema, acho até que palavras não fazem um poema. O poema pode até ter palavras como pode ter a gota de orvalho na folha verde ou o som do vento por entre as coisas.
No meio disso tudo só dá para pensar que adoro Batom e poesias.
Lembrei-me de uma frase de Adélia Prado que eu adoro: Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra...
Tens olhos de ver, de ver além, minha querida...só que eles nublaram por alguma nuvem passageira que logo, logo o vento da inspiração dissipará! E aí, esta pedra poderá ser tudo que quiseres!
Bj carinhoso e uma rosa branca pra serenar teu coração!
No entanto, sabes que não tens outro caminho para conseguires o poema e sabes também que o tens de construir devagar. Pegas nas palavras com carinho, pois sabes como são frágeis e não tens outras, algumas vão sangrar, outras sorrir, outras contrariar o que ordenas. Mas, pacientemente, vais colocá-las ao lado umas das outras, acariciá-las, afagá-las, depositá-las cuidadosamente nas mãos dele, ainda intranquilas, até nascerem dos seus dedos as primeiras andorinhas que as farão sonhar ao vê-las beber o azul do céu por cima dos campos e das casas. Outras estão cobertas de silêncio dos gestos de ternura. São as que tu desprendes nas margens dos rios que ardem na sua pele. Outras existem só no seu olhar e ganham cor quando nele se perde o teu. Então, é quando chamas por ele para terminar o poema: deitas o seu corpo na sua cama, despes-lo das palavras todas e deixas que o vosso amor vos banhe nus num abraço de luz e acabe ele o poema.
Influenciado por um final de poema do grande Nuno Júdice, quis abrir um trilho até ao teu lúcido pensamento e tentar fazer alguma poesia do e no teu momento desencantado. Novo beijo doce de alento, querida poeta da vida.
Mas, Rossana, há um período de acúmulos, silencioso, em que se montam estruturas imperceptíveis, cambiáveis, mutantes, como que vazias de sentido. Um dia as palavras, sem serem convocadas, aparecem e vão se empoleirando nessas estruturas, nesse DNA poético, vestindo de música aquelas partituras silenciosas.
23 comentários:
eu tenho tijolos, cimento e areia e não consigo erguer a casa,
beijo
Nossa! Forte e até irônico. Mas o que mais gostei foi o pensar: Onde está a poesia? Ou melhor: De onde vem a poesia? Belas palavras não fazem um poema, acho até que palavras não fazem um poema. O poema pode até ter palavras como pode ter a gota de orvalho na folha verde ou o som do vento por entre as coisas.
No meio disso tudo só dá para pensar que adoro Batom e poesias.
tudo isso faz poesia.
sei que cê sabia.
e sabe. rs
beijão
r.
certo certo
fósforo
hemoglobina
neutrino
toureiro
pimenta
toldo
e aí?
Se ao ler, algo cá dentro estremecer, então para mim é poesia :)
Às vezes uma só palavra chega... outras vezes...
Lindo! Adorei a imagem!
Que lindo, Ross!
Uma poesia sem palavras também é poesia. Muitas vezes mais bela!
Beijos
Mirze
Rossana
Lembrei-me de uma frase de Adélia Prado que eu adoro: Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra...
Tens olhos de ver, de ver além, minha querida...só que eles nublaram por alguma nuvem passageira que logo, logo o vento da inspiração dissipará! E aí, esta pedra poderá ser tudo que quiseres!
Bj carinhoso e uma rosa branca pra serenar teu coração!
Nada disso faz poesia...
No entanto,
sabes que não tens outro caminho
para conseguires o poema
e sabes também
que o tens de construir devagar.
Pegas nas palavras com carinho,
pois sabes como são frágeis
e não tens outras,
algumas vão sangrar, outras sorrir,
outras contrariar o que ordenas.
Mas,
pacientemente,
vais colocá-las ao lado umas das outras,
acariciá-las, afagá-las,
depositá-las cuidadosamente
nas mãos dele,
ainda intranquilas,
até nascerem dos seus dedos
as primeiras andorinhas
que as farão sonhar
ao vê-las beber o azul do céu
por cima dos campos e das casas.
Outras estão cobertas de silêncio
dos gestos de ternura.
São as que tu desprendes
nas margens dos rios
que ardem na sua pele.
Outras existem só no seu olhar
e ganham cor
quando nele se perde o teu.
Então,
é quando chamas por ele
para terminar o poema:
deitas o seu corpo na sua cama,
despes-lo das palavras todas
e deixas que o vosso amor
vos banhe nus
num abraço de luz
e acabe ele o poema.
Influenciado por um final de poema do grande Nuno Júdice, quis abrir um trilho até ao teu lúcido pensamento e tentar fazer alguma poesia do e no teu momento desencantado.
Novo beijo doce de alento, querida poeta da vida.
↓
abc_efghijklmn
_pq_stuvwxyz!
↓
eu tomei um sorr:) e ela...
↑
Complete a frase acima
e vê se acha a rima!
beij♥ ← nele e muita ☼ pra ti!
P.S.: sorr:) = "sorril"
pois, eu tenho calor, sol, praia, mão de afectos e o inverno não morre...
um abraço!
Nada disso faz poesia, até chegar uma alma como a sua e tocar, letrinha por letrinha.
Beijos.
Assis: Você não é pedreiro como talvez eu não seja poeta... Bjs
Rodrigo: Você esclareceu muito melhor do que eu faria, querido. Bj
Roberto: Até que sei... Ou não... Será? Bjs
Ryan: Eu não disse? Mas com um pouquinho de suor dá para rimar! Bj
JB: Bom que pense assim e feliz porque gostou. Bjs
Mirs(z)e: A poesia do silêncio também seria poesia? Beijos
Wania: Adélia sabia das coisas, assim como você. Já eu, tenho muito que aprender. Recebo sua rosa com alegria. Bj
Mário: Confio que vou reencontrar a poesia, ou vice-versa. Como sempre seus comentários são melhores que minhas postagens. Bj
Tonho: "Feliz na janela...":) Adoro seu comentários enigmáticos Bjsssss
Jorge: Seremos uma daquelas almas sombrias, menino? Bjs
Fouad: Eu queria ter um olhar que inaugura o dia, suprime o verbo e mareja as vistas, mas ando míope de tudo. Besos
Lara: Queria mesmo ser uma fadinha... :) bjim
Que belo caos linguistico isso pode dar..
beijos e agradecido pels palvras e visitas ao Rembrandt
↓
As vezes me jogo pela janela.
Porque?
A VIDA não é bela...(?)
Mas, Rossana, há um período de acúmulos, silencioso, em que se montam estruturas imperceptíveis, cambiáveis, mutantes, como que vazias de sentido. Um dia as palavras, sem serem convocadas, aparecem e vão se empoleirando nessas estruturas, nesse DNA poético, vestindo de música aquelas partituras silenciosas.
Beijo.
Preciso mais da poesia, que ela de mim.
Beijos!
Lindo, Rossana!
Tudo no mundo
depende de ação.
Beijo,
Doce de Lira
à minha maneira quis dizer a mesma coisa lá no Eucaliptos...
e você escreveu lindamente...
lindamente...
beijo carinhoso
Poesia é rimar, é como cagar...
Não importa como e onde vem a vontade
o importante é a hora de terminar
Bjs em muitas línguas!
Juan: Eu que agradeço sua visista. Bj
TonhO: Você é muito querido!
Marcantonio: Que venham a mim as palavras. É tudo o que quero. Bj
Cris: Comigo é exatamente assim. Bj
Fabrício: Claro que vou conhecer. Grata pela visista. Bj
Renata: Meio poetaplégica no momento, mas vou [re]agir. Bj
Solange: Saber que você gostou, me faz muito, muito contente. Bj
Eraldo: Que Paulinice mais escatológica. Mas entendi... Bj
Rossana,
pois é...você faz poesia até com a " não poesia"...risos.
Muito bom.
Direta. Diferente. Poeta.
Grande beijo e excelente semana
Cel, fazemos o que podemos...rss
Bjca
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