Casario em ruínas - Foto Rossana Masiero
Não é que eu queira morrer
Só não encontro encantos em ficar viva
Imobilizada e abalada pelos tempos
e temporais
Não é que eu não tenha motivos para viver
É que não são intensos o suficientes
para me impelir
à resistir
Mas ainda barganho comigo
E escondo o tanto
de terror que sinto
Minto...
Impossibilitada de fugir
e incapaz de compartilhar
Paraliso
Sem mais chances
Sem recomeços
Sem escolhas ou transformações
a solidão devorou-me
e cuspiu-me um espectro
diluído e misantropo
da menina que fui
Sou destroços
Sem perdão para minha tanta ingratidão
só queria me reconciliar com Deus...
10 comentários:
ROSS!
Quando estive assim, um pouco pior que isso, devido à problemas de saúde, encontrei a poesia que embora não seja una expert, me distrai.
Mas se você pensou em Deus, corra e faça alguma coisa. É ELe quem lhe chama. Um trabalho voluntário, meia hora de meditação, um bom papo com Ele sempre ajuda!
Se precisar de mim, sabe como me encontrar!
PAZ, Amiga!
Lembre-se que TE ADOLO!
Beijos
Mirze
Deve ter acontecido alguma coisa muito triste para inspirar uma poesia como essa ... Se quiser conversar ... bj
Entendo [sinto] perfeitamente cada letra deste teu poema!
Beijos e forças pra Ti
↓
Nossa casa,
nossa VIDA
nosso corpo e espírito
poesia e análise...
ArquiteTUras,
organização do espaço interior!
...
Neste caso das ruínas,
"chame" o IPHAN para uma avaliação!
*
"Desculpe-me poeta,
mas nunca sei quando falas
da Arquitetura ou da Arquite(poe)ta!"
:)
Relíquia
Amiga do céu, fiquei arrepiada. Escrevi aquele último poema que publiquei hoje e, agora que vim aqui te ler, vi o tanto que bateu. Nossa sintonia às vezes me assusta. Que bom que tenho vc!
Beijo.
Muito interessantes as tuas idas e vindas (pelo tempo e) entre as tuas antinomias... Uma antítese interessante em ser e deixar de existir... Uma reconciliação com Deus mais pelo medo ou pelo comodismo do que pela busca interessada... Quase um casarão em ruínas, pedindo para ser derrubado porque ninguém mais o enxerga como a grande coisa que um dia foi... Em outras palavras: muito bonito... Abração!
Menina, menina
Dilberto, acho que é isso aí. rss
bj
Miltextos,
eternamente...
bj
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