sexta-feira, 6 de março de 2009

Loas ao cafezinho

Adoro café! Desculpem-me o entusiasmo e impetuosidade, mas é uma paixão ardente, e pra rimar e confirmar, gosto de café quente, bem quente. Gosto de café de todos os jeitos: puro, com leite, com chocolate, com ou sem canela, cappuccino, com sorvete, chantilly, os expressos... Gosto especialmente dos cafezinhos caseiros, que quando faço, perfumam todos os cantos da casa com um aroma irresistivelmente sedutor. Bem forte! Aprecio observar o borbulhar da água fervente cozinhando o tanto de pó, filtrando delicadamente no coador e produzindo aquela “fumacinha” cheirosa que nutre mais a alma e desenha devaneios no ar. Das refeições, a que mais gosto é a hora do café. Aprecio o colorido do café da manhã, com frutas, pães e o imperdível café preto, mas nada se compara ao cafezinho da tarde. Aquela infusão reconfortante, sorvida por vezes com um bom bolo caseiro, um pedaço de queijo, um pãozinho quentinho e crocante... Pode até ser só o cafezinho puro, para ser delibado como o melhor vinho. É bom também... Muito bom! Se existe um ritual a ser delongado é o do café-da-tarde. Sou fã de carteirinha de cafeterias que hoje em dia proliferam em shoppings e bairros pitorescos. Soube que a primeira casa de café foi aberta em Meca, quem diria! Era final do século XV e início do XVI. Parece que os primeiros locais eram originalmente lugar de reuniões religiosas, com amplos saguões onde os clientes se sentavam em esteiras de palha ou colchões sobre o chão. Depois que passaram a servir café, o local tornou-se praticamente um centro cultural. Essas primeiras “Cafeterias” do mundo tornaram-se rapidamente centros de música, dança, jogos de xadrez, gamão, e locais em que se faziam negócios. O café tem esse poder. De agregar pessoas, propiciar uma boa prosa e inspirar as artes. Por isso o brasileiro tomou para si a incumbência de produzi-lo. O povo brasileiro combina com café, combina com prosa e é artista até em sobrevivência. Ressalte-se que nossa introdução ao “mundo cafezístico” não foi de toda digna, como em vários outros assuntos que aqui não cabe discutir... Só tínhamos de propício o nosso solo, o que foi percebido pelos portugueses, mas não possuíamos nem plantas nem grãos, o que o governo do Brasil resolveu, enviando às Guianas Francesas, numa missão oficial e outra "paralela" (conseguir sementes de café), um jovem oficial paraense chamado Francisco de Melo Palheta. O Chico Palheta, não conseguindo cumprir sua missão secreta de forma proba, apelou para o “jeitinho brasileiro”. Seduziu a mulher do governador das Guianas, recebendo dela na despedida um ramo de flores onde encontravam escondidas as sementes da preciosa planta. Missão cumprida! O café chegou ao Brasil por amor, não é lindo gente? Sem me estender mais, pois estou louca para tomar um café, saliento que as mais charmosas cafeterias situam-se no interior das livrarias. Que delicia de combinação! Café com livros. Café, livros e amigos é melhor ainda. Te pago um cafezinho!

3 comentários:

Raul de Sá disse...

Até que enfim encontrei! rsrsrsrs

Raul de Sá disse...

Café é muito bom!!!

Batom e poesias disse...

Te pago um.
bjcas