Matisse
Mesmo quando longe
Mesmo quando ausente
Mesmo quando e sempreinexistente
Sua parecença diáfana
Sua transparência
perpetua a sensação
de que transporto um fantasma
E que me possuído
não admite
fazer-me aparição
E mesmo de longe
Mesmo ausente
Mesmo que absolutamente
intangível
Assombra e assoma
por hora e eternamente
A abstraída lembrança
da sua percepção.
26 comentários:
Muito lindo Rossana!
Existe um Poema da Elizabeth Bishop Chamado "Uma Arte" que é lindo e tem uma sintonia com o seu.
jos
Lindo poema, Ross!
Daqueles que a gente sente a saudade quando lê.
Beijos
Mirze
Ah, essas ausências......
Belo texto!
Abraços da nova seguidora,
Andreia.
a saudade é filha da memória...
poema maravilhoso, parabéns!
Um bjo,
Talita
História da minha alma.
Rossana
Tá vendo que poesia voltou?!!!
Como sempre belo o seu poema, é um gosto visitar seu espaço.
Beijo
Uau!
Que sutileza,e ao mesmo tempo, que força de sentimento...
Lindo lindo
Bjs
hummmm....(suspiro)
nem o tempo, nem o vento apagam o que as retinas absorveram,
beijo
Rodrigo: "A arte de perder não é nenhum mistério"... Não para mim.
bj
Mirse: Sou tão grata pela sua presença amorosa... bj
Andréia: Seja muito bem vinda! bj
Talita: Feliz pela visista e comentário. bj
Maria Ivone: Você percebeu!
Espero que ela venha para ficar, essa poesia fujona. bjs
Kelly: Não sei se sou muito sutil, mas fiquei feliz por gostar. bj
Flávio: hehehe bj
Assis: /verdade Assis. Adoro quando vem. bj
↓
1º - SAÚ(da)DE
2º - É impossível não GHOSTar!
3º - Cuidado estamos em aGHOSTo...
...eles existem!
:)
"Assombra e assoma
por hora e eternamente
A abstraída lembrança
da sua percepção."
Uau, arrepiou aqui.
Beijos.
é esse o fascínio (para o bem e para o mal) da saudade: não cabe numa qualquer concessiva... mesmo que... ainda que... embora... e sempre saudade!
um beijo!
Capturar o instante improvável, penetrar no seu coração, e no limite do compreensível extrair todo o sentido que a beleza encerra, trazê-lo à luz do dia para que arda, se consuma, e fique para sempre gravada em nós, porque o que vimos era a chama da sua essência e mais nenhuma outra é verdadeira-é esta a matéria que os poetas trabalham, não tendo mais que as frágeis e gastas palavras para usarem. Por vezes, cansados ou desorientados, atravessam o espelho dos sonhos antigos e vão dar à rua da saudade, essa artéria triste que parte da praça da memória. Mas recuam, e servem-se da memória para encontrarem a esquina em que se enganaram e darem novamente com a praça em que atravessaram o espelho. Respiram um pouco mais o ar da manhã, olham em redor e partem à procura da luz e cores quentes que Matisse trouxe de África para as suas odaliscas, não tendo mais que as palavras frágeis e gastas para demonstrarem que elas existiram num rápido cruzamento de olhares na esquina da vida.
Fazer poesia do que é tão difícil de descrever, frágil como o vidro ou o ar que se respira, só mesmo tu, querida Rossana!
Vejo que estás de volta.
Um beijo luminoso de boas-vindas!
Bonito poema!
F.M.
Rossana querida
A saudade, por vezes, é tão doída que quase se materializa na nossa frente! Captaste muito bem esta imagem diáfana e fantasmagórica assombrando por hora e eternamente!
Melhor que não existisse...
Bj grande
Tb te adoro, sabia?
PS: obrigada pelas palavras tão carinhosas que sempre deixas lá no meu Encantaventos. Prezo demais a nossa amizade!
Rossana
Vim ver se já tinhas me respondido e vi que tinha cometido dois errinhos de português... devia ser o sono...rsrs! Já arrumei e ainda aproveitei pra te deixar um booom diiiia!
Beijo grande
TonhO, tenho mais medo dos hormônios que de fantasmas :D
Bj
São os fantasmas Larinha... ;)
Bj
Não cabe, Jorge, mesmo que quiséssemos.Bj
Mário: Cá estou, meu querido, atrás de capturar palavras. Bj
Flávio: "Bonito" é um adjetivo bonito. Bj
Wania, minha amada, eu agradeço sua presença fiel e amorosa e tb prezo mdemais seu carinho. Bj
É... Querida, o fantasma da saudade assombra muita gente, mas, se sentimos saudades é sinal de que bons momentos foram vividos outrora.
Um abraço pra ti!
A poesia é sempre
matéria prima
para a boa poesia.
um legítimo poltergeist poético e o padre Quevedo que se dane.
bjoca.
Essa tal saudade é uma fera...
Meu olhos reviraram, sobre o seu canto. Dancemos!
Beijos.
Tão longe, tão perto..., está em nós.
Abraços.
Jefhcardoso do
http://jefhcardoso.blogspot.com
Lindíssima fora de expressar a saudade.
Será sempre estado de paragem no tempo!Vive eternamente em nós, com as duas faces que a definem: dor e alegria.
Gostei de ler!
Beijos
Léo: Você é sabimo, meu querido. Bj.
Herculano: Eu tenho mania de escrever sobre o "escrever". Feliz com sua presença. Bj
Fouad: Hfhuuhhfhuuuu!!!(barulho de fantasma):D Bj
Cris: Feliz por ter vindo revirar os olhos. Dancemos! Bj
Jefh: Grata por ter vindo.
Percepções... mais que um poema, atitude. Linda.
Poetinha.
bj
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